Nos anos 80, a armazenagem e a comercialização eram monopólios da EPAC (Empresa Pública de Abastecimento de Cereais), o que fazia com que a atividade comercial no setor cerealífero não existisse. Com a adesão de Portugal à então CEE, este cenário mudou e foi, assim, necessário organizar a produção. Foi neste contexto que surgiu a AGROMAIS, em 1987.
Num esforço conjunto dos agricultores da região, criaram-se estruturas de secagem e armazenagem coletivas, constituiu-se uma equipa de apoio técnico de campo e profissionalizou-se a comercialização da produção, tudo isto em simultâneo com a formação profissional dos produtores agrícolas, que aderiram, em massa, ao projeto.
Em finais da década de 80, a AGROMAIS era já a maior organização de produtores de cereais do país.
Com o incremento dos custos de produção e o abaixamento generalizado dos preços do milho e dos restantes cereais, houve necessidade de fomentar o aparecimento de culturas alternativas, tais como batata para indústria, brócolo, tomate, pimento, ervilha, cebola, abóbora, cevada para a indústria cervejeira e milho para pipocas.
Estas alterações originaram novas necessidades de investimento e um esforço permanente de adaptação às grandes tendências de mercado, com a totalidade da produção a ser comercializada coletivamente, através de negociação direta entre a AGROMAIS e os seus clientes, maioritariamente a agro-indústria e a grande distribuição.
Toda a nossa evolução é, assim, fruto do espírito associativo, da organização e capacidade de evolução técnica dos produtores da região, que dotaram os seus campos das tecnologias necessárias às exigências de cada cultura.